Muitos clientes me contratam para ajudá-los a se preparar para entrevistas de emprego e algo que sempre faço é começar com uma simulação inicial para compreender o nível da sua comunicação e os principais pontos que precisarei trabalhar e algo muito comum é literalmente travarem em uma pergunta extremamente comum neste contexto:
Quais são as suas 3 maiores fraquezas? Me fale um pouco sobre cada uma delas.
Em muitas entrevistas reais que conduzi não foi diferente. Inclusive, vi diversos casos do entrevistado até mesmo começar a chorar e não conseguir continuar a entrevista.
Para ajudar um pouco neste contexto, compartilho abaixo uma técnica e 3 dicas que podem ajudar bastante se levadas à prática.
1. SEJA 100% SINCERO (autêntico(a))
Muitos pensam que ser sincero em uma entrevista é pedir para não ser contratado(a), mas a verdade é bem diferente.
Sendo sincero(a) você não se perderá na sua fala ou pelo menos reduzirá bastante isso. Ao mentir ou ‘maquiar algumas coisas’, você exige muito mais do seu cérebro,o que pode ser um grande ‘tiro no pé’.
Outra coisa é que os entrevistadores costumam ter bastante experiência, notando até mesmo os menores sinais de que o entrevistado está mentindo ou escondendo algo.
2. SE CONHEÇA, SE PREPARE
Não adianta ser sincero se você não sabe nada sobre si mesmo(a).
Responda e reflita pelo menos sobre as principais perguntas que são feitas nas entrevistas de emprego, sem receio de encontrar coisas ruins, as conhecer é essencial não só para sua carreira, mas para sua vida.
Lembre-se: o autoconhecimento é a base do desenvolvimento pessoal.
3. NÃO FORTALEÇA AS SUAS FRAQUEZAS, OLHE DE UM PONTO DE VISTA POSITIVO
Você não precisa ficar detalhando as suas fraquezas, muitas vezes não é isso que o entrevistador quer. Muitas vezes, o que ele quer é ver se você se conhece e se sabe lidar com os seus pontos a melhorar, se consegue ter estratégias para que eles não atrapalhem o seu desempenho.
EXTRA: TÉCNICA DO GANCHO COM EXEMPLOS
A técnica do gancho se baseia em você falar da fraqueza, mas criar um contraponto, focando a resposta em um ponto de vista positivo.
Por exemplo, é muito normal ver entrevistados respondendo:
Eu sou muito ansioso(a), principalmente quando estou em um contexto novo. A ansiedade que sinto me atrapalha um pouco a pensar e também me expressar. Eu já tive esse e esse episódio…
Quando poderiam responder:
Do meu ponto de vista, eu sou um pouco ansioso(a), MAS acredito que ela foi uma das coisas mais importantes para eu ter chegado aqui, busco sempre canalizar essa energia para coisas produtivas. Também tenho feito cursos e praticando meditação, o que tem também me ajudado muito.
Outro exemplo é responder:
Eu sou muito perfeccionista. Tento fazer as coisas da melhor maneira possível, mas algumas vezes não termino o que tenho para fazer ou faço muito bem coisas que não precisavam. No último relatório que entreguei no trabalho acabei vendo muito isso, demorei muito, o que não precisava.
Quando poderiam falar algo como:
Eu sou um pouco perfeccionista em alguns contextos, MAS para isso não me atrapalhar sempre busquei livros, cursos e outros conteúdos que falassem sobre e implementei diversas técnicas. Hoje acredito que ainda tenho muito a melhorar, mas estou no caminho.
E você, já teve experiências neste contexto? Conte aí nos comentários.